sábado, 8 de junho de 2013

Joelma Rocha de Carvalho

Olá meninas!!!

Neste módulo 2 do curso Melhor Gestão Melhor Ensino lemos várias experiências de leitura e umas das que me chamou atenção, também foi o depoimento de Rubem Alves, pois me lembrei de um texto bastante interessante A pipoca (Rubem Alves) que serve para os educadores que ao se deparar com algumas dificuldades em relação ao fórum de grupos - construção de blog, e que não desistiram “foram como milho de pipoca que passaram pelo fogo”, e também para desenvolver um bom trabalho de leitura na sala de aula com os nossos educandos. Pois eles chegam até nós como piruás duros resistentes a qualquer transformação, mas é neste momento que percebemos a dureza ou a baixa estima dos alunos que devemos colocar em prática o nosso papel de transformador de opinião e criar situações de aprendizagens desafiadoras que motive-os.


Rubem Alves
Pipocas e Piruás 

"Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre." 

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que esta sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem  aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas  pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No  entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras, a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olá Joelma, adorei sua postagem.É dessa maneira que nos sentimos quando aparece algo complicado pela frente. Em primeiro momento, pensamos em desistir, mas de repente vem uma vontade enorme de nos superar e seguimos adiante, prontos para o que der e vier. Beijos.

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